285. Voluntarismo. Um navio de amotinados cujo capitão foi o primeiro a se sublevar.

280. Nobreza. Oswald Spengler: “Nascemos neste tempo e devemos percorrer corajosamente o caminho para o fim destinado. Não há outra maneira. O nosso dever é defender a posição perdida, sem esperança, sem salvação, como aquele soldado romano cujos restos foram encontrados junto a uma porta em Pompeia, que morreu no seu posto durante a erupção do Vesúvio porque alguém se esqueceu de o desmobilizar. Isso é grandeza. É isso que significa ter sangue nobre. O fim honroso é o que não pode ser retirado a um homem.”

279. Classe média. Quase-casta pouco mais que híbrida: cultiva a maior parte dos pudores da sociedade, mas sem desenvolver metade da humildade dos pobres; e, quando cai na obscenidade, chega a ser uma queda mediana perto do abismo de mau gosto que só os ricos podem comprar.

278. Monarquia (autocrata). Única forma de governo que (por si mesma) não obriga nem permite que, a cada eleição, o povo se revele digno de uma tirania.

275. Reforma política. Nó que um enforcado tenta desatar, quando o risco de asfixia torna-se maior que a probabilidade de permanecer vivo por não se mexer.

verbete extra

266. Ideologia e Linguagem. Eric Voegelin: “As ideologias destroem a linguagem, uma vez que, tendo perdido o contato com a realidade, o pensador ideológico passa a construir símbolos não mais para expressá-la, mas para expressar sua alienação em relação a ela.”

verbete extra

259. Despotismo. Taine sobre Napoleão: um vinho embriagador para despertar o entusiasmo e um narcótico maravilhoso para manter a credulidade; espécie de mistura popular que ele ministra exatamente no momento oportuno e cujos ingredientes são tão bem proporcionados que o grande público tem prazer em beber e não pode deixar de embriagar-se após haver bebido.